segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O PODER DO HÁBITO


O PODER DO HÁBITO
" Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócio"

Portas fechadas, reunião da equipe para decisões estratégicas. Doze colaboradores olham atentos para o projetor. Após 15 minutos de apresentação, o celular de um deles emite um som: novo e-mail. O assunto não é relacionado ao trabalho. Ao contrário, é um aviso sobre as novas promoções do site de compras coletivas. Porém, bastou o som para que cada integrante olhasse disfarçadamente para seu Smartphone sob a mesa. O toque foi a deixa para que eles desviassem a atenção por alguns minutos para o hábito tecnológico do momento. É como se voassem no piloto automático para conferir o e-mail e as ultimas atualizações no Facebook.




Hábitos como checar o celular, tomar café após o almoço ou escovar os dentes fazem parte da nossa vida – cerca de 40% do nosso dia é composto por eles, segundo uma pesquisa da Universidade Duke, nos Estados Unidos. E boa parte dos nossos defeitos e qualidades estão arraigados nos hábitos. Mas nem pense em se conformar e colocar a culpa neles! Segundo o jornalista Charles Duhigg, autor do livro O Poder do Hábito - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e nos Negócio (Editora Objetiva), o hábito pode ser mudado, desde que o seu sistema de funcionamento seja entendido.

E foi no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), renomado centro de estudos de tecnologias avançadas, que Charles Duhigg encontrou a explicação de como os hábitos se formam - e, mais importante, como mudá-los. “No começo, são escolhas. Depois, é um comportamento automático. Conforme o comportamento se torna automático, a atividade mental diminui e a pessoa começa a pensar menos para executá-lo”, explica o autor.

Cada hábito é uma sequência com três estágios. O primeiro é a “deixa”, o estímulo que desencadeia o comportamento repetitivo. O segundo é a rotina, o hábito propriamente dito, que pode ser uma atividade física, mental ou emocional. O terceiro e último é a recompensa, o que faz valer a pena repetir o hábito futuramente. “Com o tempo, a deixa e a recompensa vão se entrelaçando até que surja um poderoso senso de antecipação e desejo”, diz Duhigg.

Para mudá-lo é preciso entender o que está acionando o comportamento: a deixa. O jornalista dá um exemplo real de como mudou um hábito que fez a balança subir 3 kg: comer cookies toda tarde. Primeiro, Duhigg procurou identificar o que o levava até a cafeteria. O tédio era a deixa para o cookie, e sempre ocorria às 15 horas, momento que aproveitava para bater papo com os colegas. Resolveu, então, mudar a rotina. Saiu para dar uma volta em um dia, em outro comeu um doce, e em outro só tomou café e bateu papo. 
Por fim, descobriu que a sua verdadeira recompensa não era o cookie, mas o momento de descontração com os colegas. Então, manteve a hora do bate-papo sem doces – e eliminou 5 kg com a substituição! “Sabemos que um hábito não pode ser erradicado – ele devem, em vez disso, ser substituído”, diz Duhigg.

Quem já tentou alterar um hábito antigo sabe que nem sempre é fácil e demanda esforço e energia. Por isso é importante acreditar que a mudança é possível e buscar formas de motivação. A percepção de que aquele mau hábito atrapalha algum aspecto da vida já é um grande passo. Mas é importante assumir o controle e tentar mudar a situação. 

Os benefícios você sentirá rapidamente, seja na saúde ou na produtividade. E você, o que deseja mudar?

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